Em Arquitectura, a defesa da ideia de que nem tudo pode ser racionalmente explicado e defensável não pode – ou não deveria… – poder ser invocada para legitimar todo e qualquer tipo de intervenção onde quer que seja.
Tenho dito.
" (…)
Hoje percebemos que se vamos competir, têm que existir mudanças dramáticas.
No caso da Arquitectura, a filosofia conservadora atinge todas as publicações onde a utilidade de informar e marcar a diferença foi substituída por uma arquitectura com forte doutrina conformista e nacionalista, circunscrita pela hegemonia da escola do Porto, através do geometricamente ortodoxo e exclusão da diferença.
(…)
Esta prática e perfil clássico do arquitecto como artista transcende as publicações mensais para incluir muito das outras publicações mensais.
(…)
As revistas presentemente no mercado operam nesta “sopa morna” de conformismo e repetição que ignora uma real e coerente linha crítica e uma diversidade subjacente mas pouco publicada. Tudo é tratado como se fosse uma mera memória descritiva ou “traválogo” de uma agência de viagens. A ausência de análise e coragem de comparar, contestar, criticar, discordar, aproxima as revistas do catálogo ou brochura publicitária de imobiliário. “
(…) “
John Chamberlain, arquitecto, IN “Um espaço de crítica” da revista Arquitectura e Vida n.º 74
Fragmentos : Alexandre Alves Costa no Câmara Clara
Caneta Bic Laranja e marcador sobre papel de 120gm/m2; 21 x 29.7cm
" (...)
Temos sempre de afirmar. Deliberadamente.
(...)
O que é isto de intervir no Património ?
Eu acho que isto é o futuro de Portugal ! Não dá couves. Mas dá histórias.
(...)
Tem que haver alguma parcimónia no Experimentalismo.
(...) "
Batalha III
Fujifilm Finepix A610 & Photoshop Elements
20|06|2009 A.D.
Batalha II
Fujifilm Finepix A610
20|06|2009 A.D.
Batalha I
Fujifilm Finepix A610
20|06|2009 A.D.
(...)
"A arquitectura não existe realmente. O que existe é a obra de arquitectura. A arquitectura existe,sim, na mente."
(...)
Louis Kahn IN "Conversas com estudantes" - Editorial Gustavo Gili
Margem Esquerda VII : Igreja da Nossa Senhora de Alcamé (uma vez mais)
Fujifilm Finepix A610 & Photoshop Elements
22|08|2009 A.D.
Margem Esquerda VI : Nossa Senhora de Alcamé
Fujifilm Finepix A610 & Photoshop Elements
22|08|2009 A.D.
Data: século XVIII;
Autoria: José Manuel de Carvalho e Negreiros;
Encomenda: 1º Patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida.
Fonte: http://www2.cm-vfxira.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=26285 (Adaptado)
Margem Esquerda IV : Lezírias do Ribatejo
Fujifilm Finepix A610
22|08|2009 A.D.
Domingo, 6 de Setembro de 2009
A alusão ao filme não passa da mera referência ao título. Nada tem que ver com Cornell Woolrich nem com Alfred Hitchcok.
28 fotografias
A janela de um veículo
Percurso IP7 - Belém - Bulhaco
1 Ponto de observação
(...)
11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pelo tumulto; cantaremos as marés multicoloridas e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos das suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; as locomotivas de largo peito, que passam sobre os trilhos como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o vôo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
(...)
MARINETTI, Filippo Tommaso, Manifesto Futurista. Le Fígaro, 20 de Fevereiro de 1909
Avenida Almirante Gago Coutinho - Areeiro - Praça do Chile - Avenida Almirante Reis - Rua da Palma - Martim Moniz - Rua da Palma - Avenida Almirante Reis - Praça do Chile - Areeiro - (...) A1
Festival dos Oceanos : noite de 10 de Agosto no Parque das Nações, aquando da Conferência no Pavilhão do Conhecimento inserida nas comemorações do Ano Internacional da Astronomia.
as-Shirush : topónimo árabe referente à actual Vila Franca de Xira, na Margem Direita do Rio Tejo, sede de Município, pertencente ao Distrito de Lisboa
O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura em Portugal
O PASSADO E O PRESENTE
Realização de Manoel de Oliveira
com Maria de Saisset, Bárbara Vieira, Pedro Pinheiro, Manuela de Freitas, Alberto Inácio, António Machado, Duarte de Almeida, José Martinho
Portugal, 1971 - 115 min
Adaptado de uma peça de Vicente Sanches, O PASSADO E O PRESENTE é um dos mais discutidos filmes de Oliveira e um dos seus trabalhos mais próximo do humor feroz de Luis Buñuel.
Uma sátira social sobre uma mulher obcecada pelas memórias dos maridos defuntos e que não consegue amar os maridos vivos. A morte do segundo vem fazer reviver uma série de situações, juntando o macabro e o grotesco.
AFORISMOS
Na Cinemateca de Lisboa , pós-filme, numa conversa informal: as palavras do mestre cineasta...
"
Cá estou. Isto é simples.
A casa era dos pais do autor do livro.
Entre a Morte e a Vida instala-se o Amor. E não está mal.
Há muito aborto, há muita pílula.
Agora o que é que havemos de dizer mais ?
(...)
[ Manoel de Oliveira ] Há aqui uma relação fortíssima entre o Cinema e a Arquitectura, não é ?
[ José Neves ] Sim, sim.
[ Manoel de Oliveira ] Então porquê ?!
(...)
Hoje, os filmes não deixam margem para pensar.
A única glória que o Artista pode ter é morrer de Fome.
Se a Arte fosse verdadeiramente útil, o artista nunca morreria de fome.
Nascer para morrer logo é triste. Há sempre quem morra primeiro. Quem vá apressado. Por mim não é preciso pressa.
Não há Arte sem Memória.
A Ficção preserva a Memória, também.
A Ficção ensina o que a Escola não ensina: a Ficção ensina a Condição Humana.
Tudo passa pela razão. O Sentimento só o é, depois de passar pela Razão.
O que a gente diz não é nada de novo. Certamente alguém já o disse.
O subconsciente, a mim, nunca me disse o número da sorte.
A grande Poesia é estranha, porque joga joga com o subconsciente.
Saudade é a terra perdida de um coração que sonhou.
Mas não tem nada a ver.
Mas não é uma questão de calhau, a relação entre a Arquitectura e o Cinema.
Desde sempre no Cinema, como no mundo - nos quartos, nas casas e nas cidades-, os ricos e os pobres tiveram os seus lugares, mais ou menos nítidos: da fábrica de onde saem os operários dos irmãos Lumière ao Xanadu do CITIZEN KANE; dos “lugares de miséria atrás de magníficos edifícios” dos olvidados de Buñuel à Paris dos burgueses discretamente encantadores; da vila dos pescadores de LA TERRA TREMA às villas das condessas, reis e príncipes de Visconti; dos albergues dos pobres de Preston Sturges aos hotéis de luxo de Lubitsch; dos borgate dos sub-proletários de Pasolini aos subúrbios das famílias remediadas de Ozu; das ruas da vergonha de Mizoguchi aos becos e ruelas do ANJO AZUL; da casa da mãe siciliana de Huillet e Straub à Versalhes do Rei Sol de Rossellini; das roulottes dos lusty men de Nicholas Ray à FAT CITY de John Huston; do quarto alugado da rapariga da mala de Zurlini ao palácio dos seus amantes; dos lugares dos criados e dos senhores de Jean Renoir a todos os lugares de Chaplin…
Qual tem sido, em Portugal, o lugar dos ricos e dos pobres no Cinema? Qual vai sendo o lugar dos ricos e dos pobres na Arquitectura? Como é que o Cinema pensa e olha essa Arquitectura? Pode a Arquitectura pensar e construir-se também a partir desse Cinema?
Enquadramento
Foram estas questões que levaram o Núcleo de Cinema da Faculdade de Arquitectura da UTL - coordenado pelo Arquitecto José Neves - a propôr à Cinemateca Portuguesa a realização de um Ciclo de doze filmes, exibidos quinzenalmente entre Outubro de 2007 e Março de 2008.
Escolhidos pelo Núcleo, passaram filmes feitos em Portugal nos últimos cinquenta anos e que reflectissem de forma sempre preponderante o tema principal. As sessões contaram com a presença de realizadores, actores, pessoas envoIvidas nos filmes e de arquitectos convidados, para que se discutissem as abordagens e questões pertinentes, de um modo o mais informal possível.
O Ciclo findou com a referida produção e presença do cineasta Manoel de Oliveira.
Fonte citada parcialmente, em itálico:http://programadefestas.wordpress.com/2008/02/17/o-lugar-dos-ricos-e-dos-pobres-no-cinema-e-na-arquitectura-em-portugal/
"
[ 14.03.08 ]
Sinopse
Em 1973, o grupo Anarchitecture - uma dúzia de jovens artistas bem conhecidos provenientes de diversas áreas - , começou a reunir-se para produzir uma série de propostas colectivas. Apesar de alusivo à palavra anarquia, Matta-Clark considerou que o termo não implicava anti-arquitectura, mas sim uma "tentativa de divulgar ideias sobre espaço que são perspectivas e reacções pessoais e não declarações sociopolíticas formais".1
Nas suas reuniões informais, o grupo improvisava, trocava de contextos e adoptava as implicações físicas e as inovações espaciais dos bailarinos, ou as performances híbridas de artistas como Laurie Anderson.
Propunham-se, assim, alternativas a espaços com potencialidades arquitectónicas, numa espécie de jogo em que os espaços urbanos instáveis, "vazios metafóricos, intervalos, espaços que sobravam"1 - residuais - eram interpretados como especulações sobre arquitectura. Em 1973, Matta-Clark enviou de Paris propostas irrealizáveis – os destroços de um comboio que pareciam uma ponte, casas-carrinhos de supermercado, parques flutuantes em cima de lanchas; chegou a cometer o sarcasmo de esboçar ideias negativas através de palavras, "obras destinadas ao colapso, ao fracasso, à ausência e à memória."1
Desta modo, o termo ‘anarquitectura’ – neologismo criado nos anos 70, utilizado por Matta-Clark – aproxima-se da expressão ‘des-arquitecturação’ de Smithson, e se Carl André fala de um "corte no espaço" (que habitualmente é um corte metafórico, levado a cabo num museu), Matta-Clark corta mesmo casas, em sentido literal de cima a baixo na periferia incaracterística dos grandes centros urbanos. Em 1971, este artista definiu vagamente o seu projecto: "conclusão através de remoção. Abstracção das superfícies. Não-construção, não-construído por demolição, espaço-não-construído. Criar complexidade espacial, mostrando novas aberturas contra velhas superfícies. Luz introduzida no espaço ou para além das superfícies cortadas. Partir e entrar. Aproximar-se do colapso estrutural, separar as partes no ponto de colapso (…)".1 Os cortes de Matta-Clark são actos de destruição no que diz respeito à arquitectura real, mas sem a sua intervenção, as construções em questão estariam condenadas à ruína e à destruição. "Os seus cortes nunca são destruição pura", segundo Becher, na medida em que "produzem salvação, abrindo espaços fechados, permitindo a entrada de luz em estruturas que antes lhe estavam vedadas, destruindo a separação nociva entre espaço público e privado (…) não são apenas planeados, como ainda geometricamente organizados, segundo um estética minimalista."1
A prática subtractiva de Matta-Clark insurge-se contra todo o impulso construtivo de uma Arquitectura que não pretende senão ser objecto de Especulação Imobiliária e contra a produção de objectos (escultóricos). Apesar da base teórica dos seus trabalhos, a preservação e a exposição de partes de edifícios, cortadas em circunstâncias diversas, resultaram na sua transformação em mercadoria congruente com o Mercado.
E em última análise, este género de intervenção não passa disso mesmo - uma manifestação, uma demarcação de uma posição ideológica, na medida em que uma obra de Arquitectura consiste numa expressão artística interdisciplinar que actua sobre as vivências. Esta surge como resposta a um necessidade antropológica que veicula o seu conteúdo através de uma matéria e de uma forma, representando, por isso, a materialização perene mediante materiais, dimensões e formas, do modo como o Homem se relaciona com o Espaço e com este responde às suas necessidades.
1 Colecção de Arte Contemporânea Público Serralves nº4, pp. 91 e 95.
"A Câmara Municipal de Lisboa anunciou, recentemente, que iria promover um programa de arte pública em grandes exposições no Terreiro do Paço, à semelhança da malfadada exposição de Botero. É difícil pensar numa asneira maior.
(...)
O espaço real, o espaço da cidade e da nossa vivência pública, necessita de um efectivo efeito de alargamento da exigência em relação à intervenção artística, mas solicita, sobretudo, uma refundação do entendimento do lugar da arte na sua relação com a arquitectura, com o urbanismo e com a cidadania. "
(...)
Delfim Sardo IN Contra o Populismo - rubrica Arte e Espaço incluída na Arquitectura e Vida Nº80 - Março
Dando continuidade à referência de sítios, menciona-se http://www.arquitectura.pt/ .Trata-se de um portal dedicado à Arquitectura que promove o diálogo acerca de temas arquitectónicos, inclui Podcasts sobre temas relacionados com a Disciplina, entre outras referências úteis para quem se interessa pelo tema.
Para aceder à lista de Ateliers Nacionais...
>http://www.arquitectura.pt/forum/f13/ateliers-nacionais-links-1487.html
Recentemente adicionado à lista de links ,o endereço http://www.ultimasreportagens.com/ dá acesso a uma "biblioteca on-line de imagens da Arquitectura contemporânea Portuguesa", da responsabilidade do colectivo FG+SG ,e que permite rever ou ficar a conhecer fotografias de Projectos já apresentados em publicações como a Arquitectura e Vida, ou a Arquitectura e Construção.
Não só ligada à Arquitectura está a produção fotográfica de Fernando Guerra - elemento dos FG+SG - na medida em que podem econtrar-se, também, na sua lista de trabalhos, temas como Pessoas e Design.
3 Factos
"
1. Mais de metade dos arquitectos tem menos de 35 anos e um terço do total trabalha a recibo verde. A burocracia, a concorrência desleal e a precaridade no emprego são os principais problemas que enfrentam.
2. Há quase 15 mil profissionais inscritos na Ordem dos Arquitectos, e mais de metade tem menos de 35 anos. As mulheres representam já um terço (e mais de metade das novas entradas) (...) Elas falam da precaridade do trabalho e ganham menos do que eles. A média do rendimento bruto deles e delas é inferior a 2000 Euros/mês ( menos de 10% declaram 3000Euros/mês ). Um terço da profissão é assalariada da administração local ou de construtoras. Quanto a projectos, a maioria são habitações unifamiliares (equipamentos e edifícios públicos rondam 30%).
3. A Assembleia da República já votou em Maio, e por unanimidade, a substituição do decreto 73/73 [ que permitia a não arquitectos assinarem projectos ] pelo Projecto-Lei 183/X, mas "não cumpre": ainda não o discutiu na especialidade. E o Governo ainda não apresentou a proposta que deveria ter entregue no prazo de 90 dias. Está três meses atrasado.
"
[ Excertos do artigo Arquitectura em mudança para 'Novos Territórios' , IN Público - 17 de Novembro ]
City of Culture of Galicia
"Located on Monte Gaiás, a small hill overlooking Santiago de Compostela, the City of Culture is a new cultural center for the Province of Galicia in northwestern Spain.The design evolves from the superposition of three sets of information. First, the street plan of the medieval center of Santiago is overlaid on a topographic map of the hillside site (which overlooks the city). Second, a modern Cartesian grid is laid over these medieval routes.
Third, through computer modeling software, the topography of the hillside is allowed to distort the two flat geometries, thus generating a topological surface that repositions old and new in a simultaneous matrix never before seen."
Son-O-House
"In the house-that-is-not-a-house we position 23 sensors at strategic spots to indirectly influence the music. This system of sounds, composed and programmed by sound artist Edwin van der Heide, is based on moiré effects of interference of closely related frequencies. As a visitor one does not influence the sound directly, which is so often the case with interactive art. One influences the real-time composition itself that generates the sounds. The score is an evolutionary memoryscape that develops with the traced behavior of the actual bodies in the space.
The Son-O-House is one of our typical art projects which allow us to proceed more carefully and slowly (over a period of three to four years) while generating a lot of knowledge that we apply to larger and speedier projects. "
IN http://www.arcspace.com/architects/nox/Son-O-House/index.htm
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
_ Urgem mais espaços de crí...
_ 11 : Outra Janela Indiscr...
_ 8 : AGOAS LIVRES ANNO DE ...
_ 7 : ASTR
_ Manoel de Oliveira : O Pa...
_ FG+SG
_ NOX
_ Arquitectura
_ FA-UTL
_ Associação Portuguesa da Cor
_ ICA
_ Bow Wow
_ ARCspace
_ Artes
_ MattDye
_ BLU MUTO
_ cerdo
_ Who
_ FG+SG
_ Arte Urbana
_ Ideothas
_ Música
_ Last FM
_ Blitz
_ mimi
_ Rádios
_ RadaR
_ Oxigénio
_ MySpace
_ Chullage
_ Automobilismo
_ Bugatti
_ TVR
_ Lister
_ Spyker
_ Blogs
_ Op.323
_ maggiori
_ Abrupto
_ Espaço M
_ CV
_ Fotologs
_ Texture
_ Hikups
_ Sphiza
_ Brai
_ Wost
_ VHILS
_ Sítios
_ CCB
_ Dicionário Multilingue Online
_ Um Sítio
_ +MOOD
_ Pordata