"Frank Serpico (Al Pacino), é um polícia novato que está determinado a não deixar que o seu trabalho comprometa a sua individualidade. Apesar da desconfiança dos seus colegas perante o seu estilo inconfundível, onde se destaca a sua barba e o adorar levar uma vida boémia em Greenwich Village, desempenha o seu trabalho como polícia de forma exemplar. Mas os colegas de Serpico colocam-no verdadeiramente de parte quando este se recusa a aceitar subornos como todos fazem. Horrorizado com a extensão da corrupção na força policial, Serpico informa os seus superiores, mas quando descobre que as suas denúncias foram ignoradas, decide dar o potencial passo fatal e tornar públicas as suas descobertas.
O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura em Portugal
O PASSADO E O PRESENTE
Realização de Manoel de Oliveira
com Maria de Saisset, Bárbara Vieira, Pedro Pinheiro, Manuela de Freitas, Alberto Inácio, António Machado, Duarte de Almeida, José Martinho
Portugal, 1971 - 115 min
Adaptado de uma peça de Vicente Sanches, O PASSADO E O PRESENTE é um dos mais discutidos filmes de Oliveira e um dos seus trabalhos mais próximo do humor feroz de Luis Buñuel.
Uma sátira social sobre uma mulher obcecada pelas memórias dos maridos defuntos e que não consegue amar os maridos vivos. A morte do segundo vem fazer reviver uma série de situações, juntando o macabro e o grotesco.
AFORISMOS
Na Cinemateca de Lisboa , pós-filme, numa conversa informal: as palavras do mestre cineasta...
"
Cá estou. Isto é simples.
A casa era dos pais do autor do livro.
Entre a Morte e a Vida instala-se o Amor. E não está mal.
Há muito aborto, há muita pílula.
Agora o que é que havemos de dizer mais ?
(...)
[ Manoel de Oliveira ] Há aqui uma relação fortíssima entre o Cinema e a Arquitectura, não é ?
[ José Neves ] Sim, sim.
[ Manoel de Oliveira ] Então porquê ?!
(...)
Hoje, os filmes não deixam margem para pensar.
A única glória que o Artista pode ter é morrer de Fome.
Se a Arte fosse verdadeiramente útil, o artista nunca morreria de fome.
Nascer para morrer logo é triste. Há sempre quem morra primeiro. Quem vá apressado. Por mim não é preciso pressa.
Não há Arte sem Memória.
A Ficção preserva a Memória, também.
A Ficção ensina o que a Escola não ensina: a Ficção ensina a Condição Humana.
Tudo passa pela razão. O Sentimento só o é, depois de passar pela Razão.
O que a gente diz não é nada de novo. Certamente alguém já o disse.
O subconsciente, a mim, nunca me disse o número da sorte.
A grande Poesia é estranha, porque joga joga com o subconsciente.
Saudade é a terra perdida de um coração que sonhou.
Mas não tem nada a ver.
Mas não é uma questão de calhau, a relação entre a Arquitectura e o Cinema.
Desde sempre no Cinema, como no mundo - nos quartos, nas casas e nas cidades-, os ricos e os pobres tiveram os seus lugares, mais ou menos nítidos: da fábrica de onde saem os operários dos irmãos Lumière ao Xanadu do CITIZEN KANE; dos “lugares de miséria atrás de magníficos edifícios” dos olvidados de Buñuel à Paris dos burgueses discretamente encantadores; da vila dos pescadores de LA TERRA TREMA às villas das condessas, reis e príncipes de Visconti; dos albergues dos pobres de Preston Sturges aos hotéis de luxo de Lubitsch; dos borgate dos sub-proletários de Pasolini aos subúrbios das famílias remediadas de Ozu; das ruas da vergonha de Mizoguchi aos becos e ruelas do ANJO AZUL; da casa da mãe siciliana de Huillet e Straub à Versalhes do Rei Sol de Rossellini; das roulottes dos lusty men de Nicholas Ray à FAT CITY de John Huston; do quarto alugado da rapariga da mala de Zurlini ao palácio dos seus amantes; dos lugares dos criados e dos senhores de Jean Renoir a todos os lugares de Chaplin…
Qual tem sido, em Portugal, o lugar dos ricos e dos pobres no Cinema? Qual vai sendo o lugar dos ricos e dos pobres na Arquitectura? Como é que o Cinema pensa e olha essa Arquitectura? Pode a Arquitectura pensar e construir-se também a partir desse Cinema?
Enquadramento
Foram estas questões que levaram o Núcleo de Cinema da Faculdade de Arquitectura da UTL - coordenado pelo Arquitecto José Neves - a propôr à Cinemateca Portuguesa a realização de um Ciclo de doze filmes, exibidos quinzenalmente entre Outubro de 2007 e Março de 2008.
Escolhidos pelo Núcleo, passaram filmes feitos em Portugal nos últimos cinquenta anos e que reflectissem de forma sempre preponderante o tema principal. As sessões contaram com a presença de realizadores, actores, pessoas envoIvidas nos filmes e de arquitectos convidados, para que se discutissem as abordagens e questões pertinentes, de um modo o mais informal possível.
O Ciclo findou com a referida produção e presença do cineasta Manoel de Oliveira.
Fonte citada parcialmente, em itálico:http://programadefestas.wordpress.com/2008/02/17/o-lugar-dos-ricos-e-dos-pobres-no-cinema-e-na-arquitectura-em-portugal/
"
[ 14.03.08 ]
Sinopse
Composição em Windows MovieMaker de produção própria, baseada num excerto de Heróstrato - E a busca da Imortalidade, de Fernando Pessoa, e Movimento Perpétuo, de Carlos Paredes.
Texto inicial de Os Intocáveis, de Brian de Palma.
Imagem: ALphonse Capone - frame do filme.
- "Não detestas isto?
-- Isto o quê?
- Os silêncios incómodos. Porque acharemos precisar de falar de disparates só para nos sentirmos cómodos?
-- Não sei... É uma boa pergunta.
- É assim que sabemos ter encontrado alguém especial mesmo, quando podemos estar calados e partilhar comodamente o silêncio.
"
O artigo de hoje tem como base um filme onde surge um dos gangsters mais duros alguma vez representados em filme - Tony Montana - Scarface.
Inspirado no clássico homónimo de 1932 e realizado por Brian De Palma, Scarface : A Força do Poder (1978) foi produzido por Martin Bregman, que também levou ao ecrã O Padrinho. O filme segue a carreira violenta de um refugiado Cubano que abre caminho até ao comando do império da cocaína em Miami, revelando o percurso de ascenção e queda...
Com o notável desempenho de Al Pacino no papel de protagonista, a película inclui cenas de violência (sobretudo)verbal memoráveis, nomeadamente nas que envolvem reacções mais rudes por parte de Montana.
"No Verão de 1980, foi inaugurado o porto em Mariel Harbour, e milhares de barcos içaram velas rumo aos Estados Unidos.Eles foram em busca do sonho Americano.
Nas soalheiras avenidas de Miami, um deles encontrou...Riqueza, poder e paixão por detrás dos seus mais loucos sonhos.
Ele é Tony Montana. O Mundo irá recordá-lo por outro nome...SCARFACE. "
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